Dica de cinema: Nine (Sem exibição em Belém)
O filme já começa em uma apresentação de todo o elenco ‘principal’, mostrando as mulheres da vida de Guido Contini (Daniel Day-Lewis, que mais uma vez prova seu talento na tela grande). É um ótimo começo com uma leve música ao fundo. Daí o longa vai mostrando um Guido carente de idéias para o seu novo filme, um diretor cansado, com aparência de uma pessoa doente. Este mesmo Guido vê seu casamento desmoronado, não por culpa de sua esposa, Luisa (Marion Cotillard). Mantém seu romance ‘secreto’ com sua amante Carla (Penélope Cruz) e nutri uma amizade com Lilli (Jude Dench) que é com quem reparte seus segredos. Dentre essas intensas relações Guido ainda resgata, constantemente, lembranças de sua mãe, vivida por Sophia Loren – em uma participação um tanto simbólica.
“Nine” vêm com 10, fantásticas, músicas. Com performances dignas de elogios, destaque para a cena da cantora Fergie. Esta interpreta a prostituta Saraghina, uma das mulheres da vida de Contini. A canção interpretada por ela é empolgante, envolve o espectador com o jogo de luzes, junto com as coreografias e, claro, a sensualidade da cantora. Outro destaca fica por conta de Kate Hudson, que conseguiu ‘brilhar’ (literalmente) na música Cinema Italiano. Mas de todas as atrizes, a que mais se destacou foi Penélope Cruz. Marshall explorou a sensualidade da bela, (como fez em todo elenco feminino) fazendo com que ela ficasse mais linda do que nunca. Em minha opinião Cruz fez a mulher mais sexy em cena do filme. E quem sabe um dos papeis mais sensuais de todos os tempos.
Cotillard que faz a esposa de Guido consegue ser doce, meiga, sensível, carismática, tímida, mas na hora que foi para a mesma ser ‘mulher fatal’ ela não conseguiu. Não achei na personagem um ‘ar’ de sensualidade, como encontrei em Cruz e Hudson.
O filme é uma boa diversão nos cinemas, não foi muito bem recebido pelo público gringo. No Brasil o longa estreou no dia 29 de janeiro, em Belém o longa não tem uma data de exibição, podendo nem chegar por aqui. Mas aqui fica a dica. O musical é agradável para os olhos – os homens que o digam, e para os ouvidos. Recomendo, vale o ingresso, lhes garanto. Não chega perto de ser um “Chicago”, mas conseguiu passar um pouco do que queria.